Gilberto Gil, CCB 8 Nov


Os jornais franceses disseram que Gilberto está numa fase ultra-zen. Não é para menos: só em palco, ele, a voz e o violão. A mulher, Flora Gil, trata da iluminação, e - dizem as crónicas - partilha com ele a condução pela Europa fora, em regime de férias. França, com salas esgotadas, o mesmo em Itália e noutras paragens. Uma passagem pela Suíça, para uma semana de férias com o escritor Paulo Coelho, e mais zen não poderia ser. O espectáculo é isso mesmo, a revisitação da obra de Gilberto, apenas com voz e violão. E uma paragem mais demorada no último disco, já deste ano: "Gilbertos Samba", uma homenagem a João Gilberto, com Gilberto Gil a reinterpretar os sucessos do Papa da bossa nova, no mesmo registo, pausado e "desafinado". No fundo, exactamente o inverso do que fez da última apresentação em Portugal, em 2013, com o espectáculo explosivo "Fé na Festa". Aos 72 anos, com mais de meia centena de discos gravados, o compositor e cantor que já foi ministro continua a demonstrar porque é um dos nomes incontornáveis da música brasileira.

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