Alanis Morissette - Havoc and Bright Lights *

Alanis, Alanis, isto era tão, mas tão, desnecessário. Quatro anos sem disco novo – ou estavas a preparar alguma coisa em grande, ou estavas simplesmente com falta de imaginação. Infelizmente, nada havia de grande para mostrar. Grande, ou sequer pequeno. Não, apenas a repetição estafada dos mesmos esquemas melódicos, a mesma lenga-lenga autobiográfica, um tanto masoquista. Inventaste o duche escocês musical e não consegues sair disso – chegas de mansinho, em jeito de balada para encantar incautos, e depois desatas ao berros sobre um lençol de estridência neurótica, e depois ficas de novo mansinha, e depois... Isto cansa, Alanis. Oito discos nisto! E há momentos particularmente penosos, seja no registo balada (“‘Till You”), seja em coisas mais animadas, mas insuportavelmente empasteladas (“Spiral”). Tão entediante... E o bónus de um CD ao vivo em nada ajuda. Interpretação bera, som ainda pior. O que é isto, Alanis?