N.E.R.D - No One Really Dies **

Muita coisa aconteceu nos sete anos em que os N.E.R.D estiveram silenciosos. Na verdade, quando os N.E.R.D ainda estavam activos já muito coisa lhes passava ao lado, daí que esse derradeiro esforço, “Nothing” (2010), pouco ou nada conte para a história. Os “side projects” têm, normalmente, razões ou objectivos muito concretos. Este, de Pharrell Williams (Chad Hugo e Shay Haley desempenham um papel relativamente secundário, como fica evidente neste disco), era suposto funcionar como uma montra de algum virtuosismo de composição e produção, com epicentro no hip-hop e na electrónica, mas absorvendo tudo à sua volta. Ora, para projecto-montra, este CD é particularmente decepcionante, porque se trata de uma montra com produtos repetidos, gastos, em saldo. O início, com Rihanna (“Lemon), ainda promete, o funk de Kendrik Lamar (“Don’t Don’t Do It”) cumpre sem surpresa, mas o resto é demasiado “déjà” vu para justificar a quebra do silêncio.

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