José González, 19 Fev CCB


O Facebook de José González tem andado agitado. Os anúncios relativos ao lançamento de um novo disco, esta semana, são entrecortados pela marcação de novas datas para as digressões deste ano, na Europa e nos EUA, a que se segue a notícia de que há datas esgotadas e vem aí novo concerto. Isto diz bem da popularidade que González tem granjeado nos dois lados do Atlântico, facto espantoso, se tivermos em conta que o último disco a solo deste sueco de ascendência argentina (In Our Nature) data de 2007 e que, antes desse, apenas gravara outro de grande fôlego (Veneer, 2003). Entretanto, tem feito circular a banda Junip, também ela com discografia esparsa. A verdade é que há um bom mercado para esta música, que nos obriga a fazer um intervalo na azáfama do dia-a-dia e ficar simplesmente a ouvir. E talvez meditar, que Gonzalez é músico que gosta de pensar e fazer pensar. Fá-lo, aliás, da mesma forma minimalista com que pratica a música: umas frases fortes, soltas, entre a reflexão sobre "o que fazemos aqui" e um incitamento a que façamos alguma coisa por nós. É assim com Vestiges & Claws, o novo disco, em que o minimalismo ganha ritmo e intensidade, à custa de mais guitarras, coros e percussões. Sem perder a cor intimista que é a marca de água de González.

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