Florence and The Machine

É uma das coqueluches do momento na cena britânica. O primeiro disco (Lungs), lançado em meados de 2009, atingiu o topo das tabelas de vendas já no início deste ano. Um sucesso de vendas a que não será alheio o bom acolhimento da crítica e que se reflectiu, ainda há poucas semanas, na consagração de melhor disco dos Brit Awards.
A passagem por um palco português ocorre, pois, na melhor altura, ainda para mais se tivermos em conta que, de acordo com a imprensa especializada, Florence and The Machine terão gravado em Janeiro algumas canções para o segundo disco, pelo que não seria de estranhar que, além de ouvir a totalidade dos temas de Lungs, Lisboa fosse das primeiras cidades a tomar conhecimento da evolução do fenómeno.
A música de Florence não é para gente de estômago fraco, perdoe-se a alusão a mais um dos órgãos internos do género humano, mas é mesmo de coisas viscerais que tratam estas canções. Senhora de uma voz potente, algures entre Annie Lennox e Celine Dion, Florence põe todo o seu corpo ao serviço da música, seja através de vibrantes descargas de decibéis, seja pela permanente e exuberante movimentação em palco.
E as canções são, elas próprias, essencialmente físicas (“Kiss With a Fist”), mesmo quando enganadoramente começam de mansinho (“Dog Days Are Over”). Canções de amor, temperadas com limão azedo, portanto.
Diz quem já viu que é melhor ir preparado para saltar muito durante o espectáculo. Não esperem de Florence que faça toda a despesa.

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