Simply Red - 25, The Greatest Hits ****

Bem-vindos, então, ao quatro best of da carreira dos Simply Red. Mais precisamente àquele que, chamando-se apropriadamente Greatest Hits (como o de 1996), se destina a comemorar o 25.º aniversário de uma das bandas que melhor soube misturar a soul com a pop, daí retirando o óbvio sucesso.
O duplo CD (há também uma edição com mais um DVD) serve ainda de apoio a uma digressão mundial, que começou há dias e que deverá prolongar-se até ao Verão de 2010 (!). Para já, o palco mais perto de Lisboa é o Olympia, de Paris, mas certamente que se arranjará uma data para Lisboa ou coisa assim.
Depois do disco de Abril de 2007 (Stay) e de uma muito interessante aventura (Tribute to Bobby, 2008) do vocalista Mick Hucknall pela música de raiz negra, que é uma das matrizes dos Simply Red, esperava-se por esta altura obra nova e não apenas mais uma compilação.
Porém, o melhor que a banda consegue apresentar é uma nova versão de “Go Now”… dos Moody Blues, revestida com a obrigatória batida negra.
Os Simply Red, sejamos sinceros, são excelentes nos slows, próprios ou alheios, e muitas das suas ascensões aos tops foram feitas à custa de remakes. Veja-se, por exemplo, “If You Don’t Know Me By Now” (dos Blue Notes), ou a versão adocicada de “Every Time We Say Goodbye”.
Mas também convidam a danças mais animadas, como em “Stars” ou “The Right Thing”, ou até no reaggae “Night Nurse”, canções que fizeram as delícias da rádio nas últimas décadas.
O alinhamento deste duplo CD foge à ordem cronológica, o que no caso é completamente indiferente – apesar de ter tido várias configurações ao longo do tempo, a marca de água é a voz e o estilo, meio romântico meio balanceado, de Hucknall. E esse parece claramente em forma.

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