Bebel Gilberto

O jornal Los Angeles Times classifica as suas actuações ao vivo como “extraordinárias, mesmo libertadoras”. A revista Billboard considera o seu último disco (Momento, 2007) de “postal ilustrado e banda sonora perfeita” para o Verão.
Bebel Gilberto é, desde o início da sua carreira, mais universal que brasileira, sendo que é no Brasil que tem as suas raízes bem assentes, ou não fosse ela filha do enorme João Gilberto e de Miúcha. Adivinha-se uma infância e juventude entre músicos, no Brasil e nos Estados Unidos, onde fixou residência, entre as sonoridades calmas e acústicas da bossa novas, a exuberância do samba, mas também a sofisticação das grandes orquestras, mas igualmente de todos os experimentalismos electrónicos de que a Grande Maçã gosta de ser berço.
Por isso, desde o primeiro disco (Tanto Tempo, 2000) que Bebel tem grande aceitação a nível internacional, sendo que, por exemplo, a digressão que a traz a Lisboa já a fez passar pela Califórnia e pos várias cidades do Japão, por exemplo.
O disco base dos espectáculos do Porto e de Lisboa é Momento, onde se cruzam de forma perfeita as sonoridades mais electrónicas de Tanto Tempo com a acústica dominante de Bebel Gilberto (2004).
O concerto não deverá fugir ao registo calmo a que nos habituou, por mais intensa que seja a abordagem. Além dos temas assinados pela sua mão de Momento, assim, como alguns dos mais conhecidos dos dois registos anteriores, é natural que passe também pelas versões de Night and Day (Cole Porter) ou Caçada (do seu tio Chico Buarque).

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